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CÔNSUL-GERAL DO BRASIL EM LAGOS, NA NIGÉRIA, RECEBE DELEGAÇÃO SANTISTA

O Excelentíssimo Embaixador, Francisco Luz, Cônsul-Geral do Brasil em Lagos, na Nigéria, e que é torcedor do Peixe, recebeu a delegação santista que está no país para uma série de ações. Há 53 anos, o time de Pelé e cia parou uma guerra para que a população pudesse vê-los jogar. O amistoso aconteceu dia 4 de fevereiro de 1969, na cidade de Benin, e o Peixe venceu a seleção do Meio-Oeste, do país africano, por 2 a 1, gols de Edu e Toninho Guerreiro. Edu e Manoel Maria, que estavam nessa partida histórica, fazem parte do grupo que está em solo africano.

O Cônsul foi presenteado com o novo terceiro uniforme e não conseguiu esconder a emoção. “Essa visita só reforça a simpatia que todos aqui tem pelo brasileiros. O futebol é uma grande ferramenta de diplomacia, que aproxima as populações. O jogo em si já foi um evento incrível, parou uma guerra. Esse momento precisa ser lembrado e isso reforça essa identidade cultural que nós temos com a Nigéria”.

Além do torcedor do Peixe, o Embaixador tem ligação com antiga com o futebol. O pai foi presidente da Associação Atlética Caldense, time de Poços de Caldas, em Minas Gerais. “Como santista, como fã de futebol, nascido e crescido nesse esporte, foi um prazer receber campeões na Embaixada. Vi esses craques em campo. A gente tem o futebol brasileiro como patrimônio mundial e precisamos trabalhar mais ações como essas que o Santos está fazendo aqui”, afirmou Cônsul-Geral. 

O Clube foi convidado por autoridades nigerianas, após a realização do evento de estreia do novo terceiro uniforme, que aconteceu no dia 27 de setembro, na Vila Belmiro e faz parte da campanha Santos do Mundo, que tem como objetivo internacionalização da marca e que promove uma série de ações no exterior recontando a inigualável história do Peixe ao redor do planeta. Nessa data, autoridades que representam países africanos, entre elas Shehu Yusuf, Ministro-Conselheiro da Nigéria, estiveram na ação, que começou no Memorial das Conquistas (museu) e terminou com uma grande festa em campo.

Santos FC na África

Foi durante a Guerra de Biafra, no continente africano, que o time do Santos FC viveu um dos mais épicos momentos de sua centenária história. O time Alvinegro parou a guerra na cidade de Benin, na Nigéria, para que o povo pudesse ver o espetacular time de Pelé e cia, contra a Seleção do Meio Oeste.

Essa partida não constava da programação do Clube, mas foi aceita pela diretoria do Peixe após receberem garantias de que sua estada em Benin seria cercada de total segurança.

Benin, quase na fronteira da Nigéria com a região separatista de Biafra, teve naquele dia um feriado local e o tenente coronel Samuel Ogbemudia, governador da região, liberou a passagem pela ponte que ligava a cidade a cidade de Sapele, para que todos pudessem assistir à partida.

O técnico Antônio Fernandes, o Antoninho, escalou a equipe santista com Gylmar (Laércio), Turcão, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo (Oberdan); Lima e Negreiros (Marçal); Manoel Maria, Toninho (Douglas), Pelé (Amauri) e Edu (Abel).

Cerca de 25 mil pessoas compareceram ao Ogde Stadium para assistir à exibição. Pelé foi homenageado com flores antes do início do encontro. Na sequência o Santos FC ainda seguiu para Gana e Argélia antes de retornar ao Brasil.

O legado que o time deixou no continente se faz sentir até hoje, dada à simpatia que os africanos possuem pelo time, pelo futebol brasileiro e pela figura mítica do maior jogador de todos os tempos.

No Continente Africano, o Santos FC fez uma sequência de jogos exibições na República do Congo, Congo, Lagos e Lourenço Marques, em Moçambique. O Clube foi convidado a retornar à Nigéria, desta vez em Benin, cidade próxima à fronteira com a região de Biafra, epicentro da Guerra Civil.

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