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A torcida exige e Pelé volta ao jogo

O ano de 1962 foi inesquecível para o Peixe. Pela primeira vez um clube brasileiro alcançava o topo do futebol mundial. O Santos já exibia o melhor futebol do mundo, mas lhe faltava o título. A trajetória do campeão, no ano do seu cinquentenário, passaria pela Taça Libertadores da América, outra conquista inédita para os brasileiros. Antes disso, o time abriu a temporada com uma nova excursão pelo continente sul-americano.

O Santos partiu para uma viagem pela América do Sul com uma novidade no seu elenco. Contratado junto ao Corinthians, o goleiro Gylmar, titular da Seleção na Copa do Mundo de 1958, se juntou ao Peixe nessa excursão.

No dia 7 de janeiro, no jogo de estreia de Gylmar, o Santos atropelou o Barcelona SC, vice-campeão equatoriano, por 6 a 2. Destaque para Coutinho, autor de quatro gols. Uma semana depois foi a vez do LDU tomar outros seis gols. Pepe e Pelé dividiram a artilharia da partida, que terminou em 6 a 3, com três gols cada.

Do Equador, o Peixe cruzou a fronteira para enfrentar o Alianza Lima do Peru. Na quarta-feira seguinte, dia 17, quando o time vencia tranquilamente o adversário, o técnico Lula substituiu Pelé, colocando Pagão no seu lugar. A torcida peruana não perdoou. Além de gritarem pelo retorno de Pelé ao gramado, parte dos 25 711 torcedores presentes no Estádio Nacional de Lima, ateou fogo nas almofadas dos assentos, atirando-as no campo. 

O árbitro peruano Carlos Rivero, temendo uma tragédia, interrompeu a partida e pediu ao técnico santista o retorno do Rei. Para evitar problemas, Lula tirou Coutinho para Pelé voltar. O Santos que já vencia a partida, ampliou o marcador e terminou goleando por 5 a 1 para alívio de todos, até mesmo dos derrotados.

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