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O Santos no hino do Olympiacos

O Santos era favorito na sua última partida pela excursão europeia de 1961. O time
estava invicto há 16 partidas, tinha conquistado o Torneio Paris e o Torneio da Itália e se
encaminhava para fechar uma sequência de jogos impecável, faltando encarar o
Olympiacos da Grécia, antes de regressar ao Brasil.
Naquele 4 de julho de 1961, um domingo, o estádio Apostolos Nikolaidis estava lotado
para receber o recente vencedor da Copa da Grécia, atual vice-campeão grego, e o
espetacular Santos Futebol Clube de Pelé. Com todos os jogadores à disposição, o
técnico Lula escalou o time com Laércio, Getúlio e Mauro; Zito (depois Pagão) e Lima;
Dorval (depois Sormani), Mengálvio (depois Formiga), Coutinho, Pelé (depois Bé) e
Pepe.
Nem bem o jogo começou e o Santos foi surpreendido com um gol do adversário. Numa
bola defensável, Laércio falhou no chute de Possidom e o time grego começou na
frente, para delírio dos 26 mil espectadores. Desestabilizado, o Peixe viu o Olympiacos
ampliar a sua vantagem ainda no primeiro tempo, aos 43 minutos com Surunis.
Na volta do intervalo foi a vez do Santos reagir. Aos cinco minutos, em um gol contra, o
time diminuiu o marcador. A comemoração durou pouco. Com o jogo em andamento, o
atacante Coutinho acabou revidando uma agressão e foi expulso. Além do prejuízo
numérico, o Santos perdeu sua maior estrela, quando Pelé foi substituído por contusão.
Aos 43 minutos o empate teria chegado, mas o árbitro, inexplicavelmente, anulou o gol
de Pepe.
Apesar da derrota santista e da fraca arbitragem, a partida entrou para a história dos dois
clubes. O feito foi tão significativo e simbólico para o Olympiacos que o clube passou a
citar a vitória no próprio hino: “Eles ainda lembram do seu nome: o Santos de Pelé”.
Ao Santos, além da homenagem, ficou a história de uma excursão incomparável em
números: foram 14 vitórias, duas derrotas, 80 gols marcados e 41 sofridos.

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