Depois de passar por Senegal e Gabão, o Santos seguiu sua Excursão de 1967 pelo continente africano até a República Democrática do Congo para enfrentar a seleção do país.
A disputa ocorreu na capital Kinshasa, no dia 2 de junho. Um público de 75 mil pessoas se espremeu no Estádio Tata Raphael pra assistir ao jogo comemorativo. Aqueles que ficaram de fora tiveram que se contentar com a partida transmitida pelo rádio e acompanhada nos autofalantes instalados nas lojas que ainda mantinham suas portas abertas. A maior parte do comércio local fechou suas portas.
Ao final uma vitória apertada por 2 a 1 para o Santos, com gols de Lima e Pelé.
A volta em 1969
Na excursão de 1969, o time santista atravessou a fronteira entre os Congos para visitar novamente a República Democrática do Congo. O país em litígio com o vizinho também queria ver Pelé. Um barco especial fez a travessia da delegação brasileira e a capital Kinshasa pôde ver o Santos jogar.
O jogo aconteceu no dia 21 de janeiro, contra a Seleção B do país. O Santos passou sem dificuldades por 2 a 0, com gols de Toninho e Manoel Maria. Pelo incrível que pareça, os africanos ficaram felizes e comemoraram o fato de não permitirem que Pelé marcasse gol.
O Alvinegro não teve a mesma sorte na partida seguinte. O confronto contra a seleção principal era bastante esperado. Chamada de “Os Leopardos” a Seleção A da República Democrática do Congo eram os campeões da África. Cerca de 40 mil pessoas, entre elas o presidente Mobutu compareceram no Estádio Tata Raphael. A confiança se confirmou em gols e no resultado final. Apesar dos dois gols de Pelé, o Santos vencia por 2 a 1, mas permitiu a virada no início do segundo tempo e a partida terminou 3 a 2.
A vitória se transformou numa comoção nacional. Se o Santos era o maior time do planeta, os congoleses se diziam campeões do mundo. Mais do que uma comemoração momentânea, o resultado se transformou numa data oficial do calendário do país: Dia Nacional dos Esportes.